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Eu só sei que nada sei…. e está tudo bem!

Marina Fusco Piccini AgroSchool
25 de fevereiro de 2020

Há 4 anos eu estava contratando uma babá para cuidar do meu filho. Era uma quinta-feira após o Carnaval, e meu coração estava apertado com aquele momento de separação do meu pequeno de 5 meses para voltar ao trabalho.

Eu mal sabia que a babá ficaria comigo por apenas 4 dias (sendo que minha licença terminaria em uma semana) alegando que não valeria a pena o desconto no salário para ter o registro na carteira de trabalho.

Mal sabia também que naquele momento começava a minha maior revolução pessoal. Como já contei em outro artigo, naquele momento decidi pendurar o crachá corporativo para me dedicar ao meu filho.

Essa não era apenas uma decisão de pedir demissão de um emprego. Era na verdade a decisão de abrir mão de uma identidade, de um estilo de vida que me acompanhava há pelo menos 13 anos.

A AgroSchool surgiu um tempo depois. Passou por um período de incubação mental, psicológica, emocional, financeira, até que ela nasceu em Outubro de 2017.

Logo no começo já percebi a necessidade das pessoas em me enquadrar para entender o que era a minha proposta: é um projeto? Uma startup? Uma consultoria? Uma escola? Você virou Youtuber? Uma influenciadora digital?

Enquanto respondia aos outros, aquelas respostas também serviam para mim mesma. A cada nova resposta, uma reflexão que me ajudava a construir meu avião durante o voo. Com o passar do tempo senti menos ansiedade em ter respostas e mais vontade por ter resultados.

Assim foram chegando os primeiros clientes, os primeiros alunos. Os primeiros elogios, as primeiras críticas, os acertos, os erros. A primeira emissão de nota fiscal no nome da minha empresa, o primeiro pagamento, o primeiro choro, a primeira dança.

Vou te contar um segredo: toda vez que eu fecho um novo contrato, ou uma aula online, ou recebo a confirmação de que um aluno se matriculou no meu curso, eu danço!

Danço mesmo, pulo, dou um soquinho no ar com um baita sorriso no rosto! Danço e agradeço à Deus pela babá que se demitiu, porque se ela tivesse continuado eu não estaria aqui vivendo e contando essa história.

Certamente teria outras histórias para contar, sabe-se lá o que eu teria vivido se a escolha tivesse sido outra. Mas isso não importa, o que vale é olhar para trás e se orgulhar do caminho percorrido, se alegrar com as lembranças, se respeitar ao ver suas cicatrizes, principalmente as emocionais.

E essa frase de Sócrates, desde então, se tornou uma verdade constante em minha vida. Só sei que nada sei…. e que bom que eu sei disso, pois a cada dia, cada pergunta que recebo, cada novo desafio me abre mais portas para que eu perceba o tamanho da minha ignorância, e assim perceba também a infinidade de possibilidades, caminhos, formas, jeitos de se viver a vida.

Tem tanta coisa que estou vivendo neste momento que é preciso aguardar o tempo certo para contar. Na minha timeline da vida real existe uma sequência que procuro sempre respeitar: recebo, aceito, aprendo, internalizo e devolvo ao mundo através da troca de conhecimento.

Que estejamos sempre abertos às novas oportunidades que muitas vezes vêm escondidas em situações não planejadas.

Que sejamos valentes, audaciosos, curiosos e eternos ignorantes em busca de conhecimento, e de experiências que nos farão agradecer a cada minuto por estarmos vivos. Que assim seja!

(Agradeço à Gabi Brasil e Tinno Zani por algumas das inspirações para este texto. Foto do querido Caio Braga.)

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