Carlos Ortiz
Agrônomo formado pela ESALQ, USP, em 1984, iniciei minha carreira implementando novas fazendas, desde o projeto até a abertura de áreas e desenvolvimento de infra-estrutura, times e lavouras.
Depois do estabelecimento de duas fazendas de grande porte, fui promovido a gerente geral de uma empresa agrícola com várias operações pelo Brasil, e a primeira tarefa foi implantar contabilidade, consolidar os relatórios contábeis de quatro entidades diferentes, entre pessoas físicas e jurídicas, e organizar um ferramental de análise gerencial - num tempo em que ainda não havia excel!
Um mestrado e novas oportunidades
Depois de onze anos na gestão do negócio agrícola, fui aceito no programa de bolsas para estudos nos Estados Unidos da Fulbright, e tive meu programa de Mestrado pela Purdue University concentrado em gestão e finanças no agronegócio.
Durante o programa de Mestrado, por conta do impacto de um estudo sobre gestão de categoria de produtos, fui contratado pela Gutwein, uma empresa de rações no mercado americano, para reorganizar e gerir sua área de marketing.
Mercado financeiro e agronegócio
Ao final do Mestrado, fui contratado pelo Rabobank, que estava se estabelecendo no Brasil, para estruturar a área de Pesquisa Setorial e de Consultoria Empresarial no Agronegócio, à qual incorporou as atividades de Fusões e Aquisições, e dirigi por 6 anos, realizando mais de 40 trabalhos de revisão estratégica para as grandes empresas do agronegócio brasileiro, argentino e uruguaio.
Por 5 anos fui diretor estatutário da área de Corporate Banking do Rabobank, responsável pelo relacionamento com as maiores empresas do Agronegócio brasileiro.
Por 14 anos fui vice-presidente do Rabobank, com responsabilidades acumuladas na área comercial, de marketing e de pesquisa do banco, com uma carteira de mais de R$ 22 bilhões. Durante 9 anos dirigi também a área rural do banco, que ajudou a estruturar e estabelecer como a primeira iniciativa de mercado nos serviços financeiros a produtores no Brasil.
Para isso, desenvolvi uma série de programas de treinamentos a funcionários e a produtores, para que houvesse um entendimento claro do que é financiar a agricultura, suas peculiaridades, especificidades e demandas.
A paixão por ensinar
Essa experiência em treinamento de bancários e de produtores foi crucial para o desenvolvimento da paixão por disseminar conhecimento, que, dez anos mais tarde, me levou à sociedade na AgroSchool.
Mas antes disso, criei e dirigi, como diretor estatutário do Itaú BBA, sua área de agronegócios, formando a segunda maior carteira de crédito para a agricultura empresarial do Brasil.
Cumprida a implantação e consolidação da área agro do Itaú BBA, aceitei o convite para juntar-me ao Centrec, um centro americano de estudos, sistemas e treinamento ao crédito, finanças e gestão no agronegócio, com 38 anos de tradição.
Na liderança de projetos de formação de pessoas no agronegócio, tive a oportunidade de conduzir trabalhos na América do Sul, Estados Unidos e África, realizando treinamentos patrocinados pelo Farm Credit of America, Region's Bank, American Risk Management Association, Banco de Desenvolvimento Europeu, Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento.
Atualmente divido o tempo entre os trabalhos no Centrec, para o mercado mundial de crédito e gestão no agronegócio, os trabalhos de treinamento na AgroSchool para o mercado brasileiro, além da participação em alguns Conselhos de empresas.